NATAL: PROFESSOR RESPONDERÁ POR VANDALISMO


Da Tribuna do Norte

A polícia instaurou na manhã de ontem os inquéritos para identificação dos autores dos atos de vandalismo ocorridos durante e após o protesto de rua da última terça-feira.
Na 5ª Delegacia de Polícia Civil, por volta das 9h30, o delegado Ulisses Nascimento de Souza ouviu um dos supostos acusados de participação nos eventos que culminaram com o incêndio de um ônibus e a depredação de vários veículos.
O professor de história Felipe Serrano, de 26 anos, foi a única pessoa presa pela Polícia Militar sob a acusação de ter ateado fogo e causado “baderna” na avenida Bernardo Vieira. Felipe foi até a delegacia para o reconhecimento policial. Mas, de acordo com um dos advogados de defesa, o professor teria sido chamado para depor e prestar esclarecimentos, o que não ocorreu.
-m”Esperávamos que ele tivesse oportunidade de apresentar sua declaração, tendo em vista que serve para ajudar a Polícia Civil nas investigações. Pedimos para formular em ata que ele não depôs e para ter acesso aos autos policiais do processo investigativo, mas esse acesso nos foi negado pelo delegado”, disse o advogado Gustava Barbosa.
Felipe Serrano chegou a delegacia com um braço na tipoia. Ele precisou fazer cirurgia em  dois dedos fraturados da mão esquerda e apresentava luxações no braço direito e escoriações no pescoço, joelhos e calcanhares. Ele atribui os ferimentos aos policiais militares que o prenderam e também a outros agentes de delegacias por onde passou na noite da terça-feira.
As investigações da Polícia Civil sobre a queima dos dois ônibus durante os protestos de rua vão ser baseadas, principalmente, nas imagens de vídeo armazenadas pelo Centro de Investigações Integradas da Polícia Militar e captadas pelas câmeras instaladas nas avenidas Bernardo Vieira e Salgado Filho.

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