DEPUTADO PAULO WAGNER FOI O MAIOR GASTADOR DA BANCADA DO RN

O apresentador e deputado federal Paulo Wagner, do PV, foi o maior gastador da cota de apoio para a atividade parlamentar neste ano de 2013 – considerando apenas a bancada potiguar na Câmara Federal. Foram mais de R$ 164 mil, o que dá mais de R$ 30 mil acima da segunda colocada na lista, Sandra Rosado, do PSB. Com esses números, por sinal, pode-se dizer que Paulo Wagner gastou duas vezes mais que Fátima Bezerra, do PT, e quatro vezes os gastos registrados por Henrique Eduardo Alves, do PMDB, que é o presidente da Casa Legislativa, em Brasília.
Paulo Wagner gastou R$ 164 mil em seis meses e isso porque o mês de junho não foi completamente contabilizada (Foto: Divulgação/Facebook)
Os dados estão disponíveis no site oficial da Câmara Federal (www2.camara.leg.br). Com base neles, é fácil explicar como Paulo Wagner gastou tanto da cota indenizatória. O parlamentar utilizou o pagamento com, praticamente, todos os tipos de despesas: deslocamento, passagens aéreas e, até, alimentação. Com relação aos custos com a alimentação, por sinal, ressalta-se que em maio, abril, março e fevereiro, o deputado federal teve um gasto médio de mais de R$ 700 com alimentação. Foram refeições no Argos, Capital Steakhouse, churrascaria Sal e Brasa e Espeto de Ouro, várias delas custaram mais de R$ 200.
O pevista gastou também R$ 8,3 mil todos os meses por um serviço de aluguel de veículos, o deputado federal pevista também tem uma despesa consideravelmente alta com a compra de combustíveis e lubrificantes: são mais de R$ 3,5 mil mensais. Além disso, pode-se até questionar a memória dos eleitores com relação a quando viram, pela última vez, o deputado do PV apresentar uma proposta ou projeto de medida federal na Câmara. Mesmo com todos os gastos com relação à divulgação que ele teve neste ano, que superou o de todos os seus colegas potiguares.
Foram mais de R$ 60 mil gastos com a chamada “divulgação da atividade parlamentar”, pagos a empresas e agências de publicidade. Com o valor, Paulo Wagner poderia, por exemplo, ter comprado uma ambulância totalmente equipada e nova, para contribuir com a saúde pública, sobretudo, no interior do Estado.
Aliás, ele não, a Câmara Federal, uma vez que o dinheiro pago pela cota indenizatória é um recurso público, disponibilizado na forma de indenização para o parlamentar desempenhar seu trabalho em Brasília – mas que pode ser usada de forma tão ampla que serve até para o pagamento de comida em restaurantes chiques de Natal, como há registro de gastos do próprio Paulo Wagner.
Como se o salário de R$ 27 mil por mês não fosse suficiente, com a cota indenizatória, alguns parlamentares, que também já gastam com o colégio de assessores custeados pela Casa Legislativa, consomem, praticamente, outro ordenado mensal de igual valor com os gastos com a cota indenizatória. No caso de Paulo Wagner, o valor chega até a ser maior. Afinal, o deputado do PV recebeu os R$ 27 mil e gastou outros R$ 32 mil, em média, por mês, de cota indenizatória.
Outros deputados
Com relação aos outros deputados federais, destaque para a segunda mais gastadora: Sandra Rosado. As despesas dela, porém, diferente da “regularidade” dos gastos de Paulo Wagner, podem ser registradas dois meses de “pico”: quando ela gastou quase R$ 17 mil em trabalhos de consultoria, para os escritórios MHC de Abluquerque, Meritus Assessoria e Consultoria e President And Fellows of Harvard. Com essa despesa, a utilização da cota chegou a superar os R$ 40 mil em fevereiro.
Seguindo a linha de gastadores, se destaca também os valores disponibilizados por Fábio Faria, que desembolsou (do “bolso” público), cerca de R$ 120 mil. É importante, porém, ressaltar que isso representa uma economia. Afinal, no ano passado, quando dezembro chegou, o deputado do PSD já havia gasto mais de R$ 330 mil desse valor. Ou seja: até agora tem se mantido abaixo da média.
Felipe Maia, do DEM, considerado o deputado do ano pela revista Veja, gastou só um pouco menos que Fábio Faria: R$ 118 mil. Nas suas despesas, estão se destacando principalmente os gastos com divulgação da atividade parlamentar (R$ 6 mil), o que nos outros anos não estava presente. Em seguida, aparece o deputado federal João Maia, presidente do PR no Rio Grande do Norte. Ele já utilizou R$ 106 mil em seis meses.
Os mais econômicos da bancada federal potiguar são, respectivamente, Fátima Bezerra e Henrique Eduardo Alves, considerados, talvez, os dois parlamentares mais destacados da Casa Legislativa, fato que reflete no potencial eleitoral dos dois para as próximas eleições: a primeira é cotada para o Senado e o segundo para o Governo do Estado. A petista gastou “apenas” R$ 88 mil. O peemedebista, ainda menos: R$ 41,4 mil.

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