RECORDAÇÃO: A TRAGÉDIA QUE "ACABOU" COM O CARNAVAL DE NATAL-RN

A tragédia

atropelamento foi provocado pelo motorista de ônibus Aluízio Farias Batista após este souber que trabalharia além do expediente - sendo que faria mais uma viagem durante a madrugada para transportar membros de uma escola de samba que iriam do bairro do Alecrim para o bairro das Rocas.2 Segundo o processo, o motorista Aluizio Farias foi trabalhar contra sua vontade, apesar de, segundo o acusado, ter concordado em fazer a viagem.2

Ao chegar no bairro do Alecrim, com o ônibus já cheio de dirigentes da escola de samba Malandros do Samba, teria começado um desentendimento entre o motorista e os integrantes da escola de samba devido a euforia dos integrantes dentro no ônibus. Apressados para ir embora, os passageiros começaram a puxar a campainha do ônibus, o que teria irritado o condutor do veículo. Pela denúncia, Aluízio saiu em velocidade "desabalada" (em torno de 60/70 km segundo o acusado) pela avenida Coronel Estevam e pela avenida Coronel José Bernardo (hoje Avenida Rio Branco), sem respeitar os semáforos durante o percurso. Após reclamações dos passageiros, ele teria respondido: "Se tiver que morrer, morre todo mundo".
Após isso, o motorista continuou com o ônibus em alta velocidade pela avenida Coronel Estevam que cruza totalmente o bairro do Alecrim.
No trecho sob o viaduto do Baldo, ao fazer a curva antes da subida, Aluízio bateu a traseira do ônibus, próximo à porta de desembarque, na lateral dianteira de um Volkswagen Fusca, que estava estacionado no canteiro logo após a antiga Praça Carlos Gomes. A batida mudou a trajetória do ônibus, jogando-o para cima do bloco 'Puxa-Saco', que passava naquele momento do outro lado da avenida.
O promotor José Maria Alves lembrou ainda que "após o impacto o veículo dirigido pelo denunciado atropelou vários integrantes e acompanhantes da banda 'Puxa-Saco' que, após ligeira parada à praça Carlos Gomes, já retomava sua caminhada".
O ônibus passou pelo meio do bloco em alta velocidade, atingindo as pessoas num trecho de 86 metros, já na subida da avenida Rio Branco. Após isso o motorista fugiu, deu um depoimento, e fugiu novamente sendo que nunca mais foi encontrado.4

Consequências

Foram dezenove mortes no total. Entre os mortos estavam componentes do Bloco Puxa-Saco, músicos militares e foliões acompanhantes. Algumas pessoas da alta sociedade natalense também ficaram entre as vítimas. Além disso, doze pessoas foram feridas gravemente, além de dezenas de pessoas feridas levemente.5

  • A tragédia também é considerada um "divisor de águas" no carnaval da cidade já que contribuiu significativamente para o declínio do carnaval de Natal. O Carnavalesco Dickson Medeiros - diretor do bloco 'Puxa-Saco' na época - afirmou que na época a cidade estava passando por um período de transformação e se o acidente não tivesse acontecido, hoje em dia, o carnaval da cidade estaria na "crista da onda". O próprio também afirmou que era o primeiro ano em que o bloco clubista sairia as ruas


FONTE: WIKIPEDIA



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