OS "ESTRAGOS" CAUSADOS COM A PESQUISA DO IBOPE

A pesquisa do Ibope, divulgada ontem pela Inter TV Cabugi, provocou pânico na campanha de Wilma de Faria ao Senado e medo grande na de Henrique ao Governo. Afinal, o levantamento revela estagnação de Henrique e crescimento de Robinson; além de vantagem crescente de Fátima e queda de Wilma.
CLIMA
Não é dos melhores o clima entre partidários de Henrique e Wilma. O fato de Henrique ter influência sobre o Ibope, é visto pelos Wilmistas como sinalização de que o PMDB realmente não tem mais interesse na vitória de Wilma. Eles suspeitam também que teria havido queda também de Henrique, mas não foi identificado pelo instituto, o que provocaria um tsunami na campanha majoritária.
DIVISÃO
O pessoal ligado a Wilma acredita que o crescimento de Fátima Bezerra está vinculado ao fato de que lideranças do PMDB foram orientadas a votar na candidata do PT e não em Wilma, provocando elevação de um nome e queda do outro.
GOVERNO
Para o Governo do Estado, por mais que o grupo de Henrique ‘comemore’ a possibilidade de vitória em primeiro turno, está claro que a estagnação de um candidato com a força política e o poderio financeiro e partidário que Henrique tem, jamais poderia ficar sem conquistar sequer um ponto a mais de uma pesquisa para outra. Há cheiro de derrota no ar do PMDB.
SEGUNDO
Aliados do próprio Henrique afirmam que o pleito deve ser definido no segundo turno e que essa possibilidade seria muito ruim para o candidato do PMDB, pois passaria a impressão de derrota e enfraquecimento da candidatura. Por outro lado, para que isso ocorra, será necessário maior crescimento das candidaturas da oposição, em especial a de Robinson Faria.
TURNO
Em segundo turno, o tempo de propaganda no Rádio e na TV é igual; os deputados já estão eleitos e não se preocupam mais com a campanha majoritária; os recursos são mais fáceis de captar pelos dois lados e o candidato que tem mais rejeição, tende a ser o alvo do universo do eleitorado que não vota nele de jeito nenhum. Esse é o medo de Henrique não vencer o pleito no primeiro turno.
ESTAGNAÇÃO
O ministro Garibaldi Filho havia dito que o não crescimento da candidatura de Henrique era fruto do fato que as lideranças ainda não tinham conseguido envolver o eleitorado em relação ao nome do candidato do PMDB. Para o pai de Waltinho, era uma questão de tempo para isso ocorrer. O tempo passou, as lideranças continuaram trabalhando e o candidato não cresceu.
NOVO NOME
O fato é que a pesquisa do Ibope provocou uma nova reação entre aliados e liderados de Henrique e Wilma: a de que o candidato é muito pesado. Alguns chegam a dizer que, se o candidato fosse Waltinho Alves, com esse ‘mundo’ de apoios, já teria superado a casa dos 55% e venceria fácil a eleição em primeiro turno.

FONTE: TÚLIO LEMOS

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