NATAL: A POLÊMICA COM RELAÇÃO A LIBERAÇÃO DA SHOCK CASA SHOW
A polêmica em torno da exoneração do comandante do Corpo de Bombeiros
por não ter liberado a realização de um evento na Shock Casa Show, na
zona Norte de Natal, levanta um tema há muito esquecido, e só lembrado
quando da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul: a
segurança nas casas de festas.
Logo depois da tragédia que matou 242 pessoas e deixou 680 feridas,
em janeiro de 2013, foi registrada uma comoção nacional num momento
midiático dos órgãos de segurança, e casas de festas de todo o país
passaram por inspeções, sempre acompanhadas da mídia que noticiava a
cada instante uma ação que parecia que, a partir dali, seria constante e
eterna como deve ser.
Mas tudo não passou, como tudo no Brasil, de um espetáculo midiático com prazo de validade.
Veio outra tragédia e ou escândalo, a mídia se ocupou com outros
temas, e as casas de festas se esqueceram de fazer dever de casa,
promotores de eventos passaram a fazer de conta que não era com eles,
órgãos de fiscalização nem aí…até que alguém bate o pé para promover um
show cheio de irregularidades em Natal, o comandante do Corpo de
Bombeiros aponta as irregularidades – que poderiam se transformar em
tragédia – e deu no que deu.
O evento em questão era esse aí:
A a interdição se deu por isso aí:
Então, diante do ocorrido que pode servir de alerta, o Blog levanta a
questão: não está na hora daquela série de inspeções midiáticas que
aconteceu em Natal, voltar a acontecer, não em forma de espetáculo, como
ocorreu em 2013, mas como regra a ser cumprida não só em Natal, mas em
todo o Rio Grande do Norte?
Porque de 2013 para cá, vamos combinar, que muitas casas deixaram de
cumprir as regras e muitas outras foram abertas sem o menor cuidado.
Que o episódio que terminou com uma exoneração e nenhuma consequência
mais grave como aconteceu na boate Kiss, sirva pelo menos de alerta
para que regras sejam cumpridas, e promoters se enquadrem nas regras e
não apareçam oferecendo bons espetáculos com a única intenção de encher
os bolsos de dinheiro.
Tá na hora dos órgãos de fiscalização começarem uma varredura nas casas de espetáculos.
THAÍSA GALVÃO
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